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Listão da semana: Adelaide Ivánova, Valter Hugo Mãe, Madonna

 

#158 — Segunda-feira, 22 de abril de 2024
Epopeia contemporânea (e eterna)

Mulheres perseguidas por se insubordinarem e desafiarem o patriarcado, imigrantes, exílio, luta de classes: o longo poema Asma, de Adelaide Ivánova, conta essas histórias acompanhando uma protagonista meio mítica que caminha pelo mundo e pelos séculos — e chega esta semana às livrarias. 

Também na seleção da semana, uma graphic novel que questiona os mitos fundadores do Estado de Israel; o novo romance de Valter Hugo Mãe; uma biografia da Madonna; um ensaio de Lucas Pedretti sobre a violência estatal desde o período da redemocratização; um romance conduzido pela música de protesto latino-americana; uma análise das utopias e distopias atuais, por Marcia Tiburi; os relatos de Ernst Jünger sobre a Primeira Guerra; o romance de Éric Vuillard sobre a guerra anticolonial na Indochina; e mais novidades quentinhas. 

Viva o livro brasileiro!

Iara Biderman e Jaqueline Silva

Veja os lançamentos de semanas anteriores.

 
Asma. Adelaide Ivánova.
Editora Nós • 200 pp • R$ 69

Em um longo poema, a poeta pernambucana narra a vida de Vashti Setebestas, parte mulher parte entidade que, exilada e oprimida por uma narrativa que persegue mulheres, imigrantes e pobres, caminha pelo mundo através do tempo. Ivánova usa em Asma referências que vão de Homero a Virginia Woolf, de Chico Science a Ferreira Gullar e Amy Whinehouse

“Pesquisei figuras históricas até descobrir Vashti, rainha persa que foi expulsa pelo rei Xerxes por se recusar a fazer um strip-tease para os amigos dele. O mito inaugural da mulher insubordinada. Na minha cabeça, ela continua andando até hoje, aliás foi vista no Recife na semana passada (a louca!). Nesses 3 mil anos caminhando pela face da Terra, ela encontra de gregos a Amy, e vai sendo inspirada por mulheres, talvez pelas mesmas que são importantes para mim”, conta Ivánova para a Quatro Cinco UmLeia a entrevista de Iara Biderman na íntegra. 

Leia maisAdelaide Ivánova indica um poema de Ana Guadalupe

 
Não é a Israel que meus pais prometeram. Harvey Pekar.
Posf. Joyce Brabner • Ils. JT Waldman • Trad. Cris Siqueira • Veneta • 176 pp • R$ 74,90
 
Nesta graphic novel, o quadrinista e crítico musical estadunidense reflete sobre o significado de ser judeu e o que Israel realmente representa para as comunidades judaicas, tomando exemplos próximos do pai e da mãe, imigrantes judeus poloneses que apoiam o sionismo por diferentes motivos — um pela fé, outro pela política. Em parceria com o ilustrador JT Waldman, Pekar constrói uma narrativa de questionamento aos mitos fundacionais do estado de Israel.

Veja também: O historiador israelense Ilan Pappe mostra como o Estado de Israel foi criado em cima da opressão e da limpeza étnica dos palestinos

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Deus na escuridão. Valter Hugo Mãe.
Pref. Rodrigo Amarante e Carlos Reis • Biblioteca Azul • 240 pp • R$ 69,90

Novo romance do escritor português nascido em Angola, vencedor do prêmio José Saramago de Literatura em 2007 e do Portugal Telecom em 2012. Nesta história passada na Ilha da Madeira, ele narra o cotidiano de dois irmãos que moram em uma comunidade em meio à natureza, e como o irmão mais velho corre contra o tempo para cuidar do caçula, nascido com uma condição física rara. O músico Rodrigo Amarante, da banda Los Hermanos, e o professor português Carlos Reis assinam os dois prefácios.

Leia também: Romance de Valter Hugo Mãe aborda a nossa formação como nação, atravessada pela violência e em busca de esperança

 
Madonna: uma vida rebelde. Mary Gabriel.
Trad. Alessandra Bonrrunquer, Luana Balthazar e Patrícia Azeredo • BestSeller • 854 pp • R$ 119,90

Duas semanas antes do esperado show de Madonna em Copacabana, no Rio, chega ao leitor brasileiro a biografia da estrela escrita por Mary Gabriel. A jornalista e finalista do Pulitzer pela biografia de Marx, Amor & Capital: A saga familiar de Karl Marx e a história de uma revolução (Zahar, 2012), reconstrói a vida da rainha do pop para além de sua obra musical, costurando relatos e polêmicas da vida pessoal de Madonna e seu ativismo na luta pela liberdade sexual feminina, direitos da comunidade LGBTQIA+, antirracismo e antixenofobia.

Leia tambémMemórias da cantora Britney Spears retratam o jeito do nosso tempo de flertar com a loucura e reagir em vez de elaborar

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A transição inacabada: violência de Estado e direitos humanos na redemocratização. Lucas Pedretti.
Companhia das Letras • 320 pp • R$ 99,90

Autor de Dançando na mira da ditadura: bailes soul e violência contra a população negra nos anos 1970 (Arquivo Nacional, 2022) e integrante da Coalizão Brasil por Memória, Verdade, Justiça, Reparação e Democracia, o historiador e sociólgo investiga as causas e efeitos do aumento da violência policial e do encarceramento de uma parcela da população (negra pobre) nos anos que se seguiram ao fim da ditadura cívico-militar no Brasil.

Leia também: Desistir não é uma opção para as três gerações de mulheres que buscam justiça pela morte de Luiz Eduardo Merlino na ditadura

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Apenas uma mulher latino-americana: em busca da voz revolucionária. Bruna Ramos da Fonte.
Rocco • 280 pp • R$ 69,90

Prefaciado pela neta da cantora chilena Violeta Parra, o romance de formação da jornalista Bruna Ramos entrelaça a vida da escritora e jornalista ao movimento nueva canción, também chamado de canção engajada ou de música de protesto — a música popular combativa ligada às esquerdas, que defendia mudanças, denunciava as mazelas sociais e serviu como agente de resistência às ditaduras militares na América Latina durante as décadas de 60 e 70. 

Leia também: Som da pesada — Historiador recupera documentos sobre a perseguição de agentes da ditadura aos bailes soul no Rio de Janeiro dos anos 70

 
Mundo em disputa: design de mundo e distopia naturalizada. Marcia Tiburi.
Civilização Brasileira • 266 pp • R$ 49,90

A filósofa e artista visual reflete sobre as origens das narrativas sobre desesperança e a naturalização de acontecimentos catastróficos. Tiburi questiona o destino das utopias quando se vive em uma espécie de distopia, analisando as disfunções contemporâneas sob os prismas da linguagem, da comunicação, da dominação e da cultura ocidental do sofrimento.

Leia também: Um retrato da filósofa e artista visual Marcia Tiburi, por Renato Parada

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Tempestades de aço. Ernst Jünger.
Trad. e posf. Marcelo Backes • Carambaia • 328 pp • R$ 139,90

Nova edição do clássico da literatura de guerra, com os relatos íntimos do escritor alemão sobre o período da Primeira Guerra Mundial, em que ingressou como voluntário do exército e experienciou a vida nas trincheiras, onde foi ferido catorze vezes. Publicado após a guerra, o autor também descreve o incômodo com a maquinização dos homens, derivada do advento dos processos acelerados de modernização. Apesar de uma vida próxima ao militarismo, Jünger foi um crítico ferrenho do partido nazista, do autoritarismo e do nacionalismo radical de Hitler.

Leia também: A extensa oferta de livros e produtos culturais sobre a Segunda Guerra Mundial ganha um volume de peso, que atesta o fascínio do conflito

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Uma saída honrosa. Éric Vuillard.
Trad. Sandra M. Stroparo • Manjuba/Mundaréu • 144 pp • R$ 64

O diretor de cinema e escritor francês, que venceu o Goncourt com A ordem do dia (Tusquets, 2019), sobre os bastidores de momentos-chave da Segunda Guerra, volta a unir história e literatura, desta vez sobre outro dos conflitos definidores do século 20: a Primeira Guerra da Indochina (1946 – 1954). O livro explora a reviravolta histórica que a França, uma das maiores potências mundiais, vivencia ao ser derrotada pelo exército vietnamita e que culmina na independência de Laos, Camboja e do próprio Vietnã. 

Leia também: Livro de Éric Vuillard ganhador do Goncourt sobre a 2ª Guerra Mundial testa limites entre história e literatura
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+ novidades quentinhas
  • Ulysses Bôscolo. Org. Claudio Mubarac.
    O professor de desenho e gravura da ECA-USP registra a trajetória do artista e gravador paulistano Ulysses Bôscolo no primeiro número da coleção Risco Imanente, que explora a linguagem do desenho.
    Instituto Çarê/Letra da Cidade • 80 pp • R$ 50
  • O último segredo de Anne Frank: A história não contada de Anne Frank, de sua protetora silenciosa e de uma traição em família. Joop van Wijk-Voskuijl e Jeroen De Bruyn.
    Reconta a vida da neerlandesa Bep Voskuijl, narrada por seu filho. Bep foi uma das secretárias responsáveis por esconder a família Frank durante a ocupação nazista na Holanda.
    Trad. Claudio Carina • Crítica • 320 pp • R$ 99,90
     
  • Virgínia mordida. Jeovanna Vieira.
    Neste romance finalista do prêmio Kindle de Literatura, a jornalista capixaba constrói uma trama sobre um relacionamento abusivo transpassada por questões de gênero e raça.
    Companhia das Letras • 192 pp • R$ 79,90
     
  • 1888: uma biografia da abolição da escravidão no Brasil. Marcos Costa.
    Um relato dos bastidores do processo que levou ao fim da comercialização de escravizados no Brasil. Do mesmo autor de O reino que não era deste mundo (2015) e A história do Brasil para quem tem pressa (2016).
    Valentina • 264 pp • R$ 59,90
     
  • Kibogo subiu ao céu. Scholastique Mukasonga.
    Finalista do National Book Award, este romance da escritora franco-ruandesa, vencedora do prêmio Renaudot, retrata um povo que vive o conflito entre as antigas crenças de Ruanda e a determinação de missionários para substituí-las pelo cristianismo europeu. 
    Trad. Larissa Esperança • Editora Nós • 168 pp • R$ 75
     
  • Toxic: Mulheres, fama e misoginia dos anos 2000. Sarah Ditum.
    A jornalista britânica reflete sobre a série de abusos cometidos por tabloides que, de 1998 a 2013, perseguiram celebridades como Britney Spears, Lindsay Lohan, Amy Winehouse, entre outras.
    Trad. Carolina Simmer • BestSeller • 350 pp • R$ 69,90
     
  • A estrada. Cormac McCarthy e Manu Larcenet.
    Adaptação em quadrinhos do romance vencedor do Pulitzer, narra em tons de cinza a jornada de um pai e um filho tentando sobreviver num mundo pós-apocalíptico.
    Pipoca e Nanquim • 180 pp • R$ 119,90
     
  • Cadernos Negros 45. 
    Reunindo 56 autores e autoras de diversas partes do Brasil, a edição celebra os 45 anos da série literária Cadernos Negros, publicações criadas em 1978 que se tornou um marco da expressão literária afro-brasileira.
    Quilombhoje Literatura • 376 pp • R$ 60
     
  • O corpo vulnerado. Maria Angélica Melendi.
    Em uma série de ensaios, a crítica argentina radicada no Brasil aborda as relações entre arte e política na América do Sul a partir de obras que colocam o corpo em evidência na produção de nomes como Arthur Bispo do Rosário, Feliciano Centurión, Lygia Pape e Lygia Clark.
    Org. Eduardo de Jesus • Cobogó • 344 pp • R$ 90
     
  • Jogo da forca. Christian Morgenstern.
    Poemas do poeta alemão traduzidos ao longo do século 20 por Augusto de Campos, Haroldo de Campos, Felipe Fortuna, Montez Magno, Paulo Mendes Campos, Rubens Rodrigues Torres Filho, Roberto Schwarz e Sebastião Uchoa Leite.
    Org. Samuel Titan Jr. • Editora 34 • 168 pp • R$ 68
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