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ClimaInfo, 8 de fevereiro de 2022.

 



Uma leitura diária dos muitos assuntos relacionados como mudanças climáticas
8 de fevereiro de 2022


 

Autorizações para exploração do nióbio na Amazônia crescem 156%
Nem só de ouro vivem os ataques da mineração e do garimpo à Amazônia. Com as bênçãos presidenciais, as autorizações para exploração de nióbio na região cresceram 156% nos últimos três anos.
De acordo com levantamento da Folha, 295 requerimentos de exploração do nióbio foram protocolados entre 2019 e 2021, os três primeiros anos do governo Bolsonaro. No triênio de 2016 a 2018, foram 120. Das 171 autorizações concedidas pela Agência Nacional de Mineração no período bolsonarista, 64 foram para a região da Amazônia Legal. No triênio anterior, foram 74 autorizações de pesquisa, 25 das quais para a Amazônia.
Nove das 64 autorizações de pesquisa na Amazônia estão sobre assentamentos da reforma agrária, onde vivem 8.500 famílias, segundo dados do INCRA de novembro de 2021. Pelo menos dois processos para exploração de nióbio envolvem franjas de Terras Indígenas no Amazonas. Outros projetos margeiam Unidades Federais de Conservação, chegando a tocar nessas Unidades, como é o caso do Parque Nacional dos Campos Amazônicos, no Amazonas.
Uma vez que a exploração mineral em Terras Indígenas e Unidades de Conservação é proibida, vale destacar que a investigação da Polícia Federal sobre o esquema de lavagem de dinheiro por trás do megatraficante Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, descobriu a relação de pessoas envolvidas no narcotráfico com alvos de apurações sobre garimpo ilegal. A Folha traz detalhes.

Em tempo: O Fantástico acompanhou com exclusividade e durante uma semana o esforço dos Guardiões da Floresta para impedir o desmatamento e expulsar invasores. Se o governo fizesse sua parte, esta realidade poderia ser diferente. Em editorial baseado no mais recente relatório do Observatório do Clima, O Globo destaca a relação entre “menos-fiscalização-mais-desmatamento” que, como sabemos, é parte do processo de grilagem de Terras Públicas e Indígenas.


O verão dos extremos climáticos no Brasil
Os eventos extremos que assolam o país desde dezembro voltaram a ser destaque na imprensa, que enfim passou a correlacionar as chuvas torrenciais na Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, bem como as ondas de calor e a seca no sul do Brasil, com a crise climática.
A BBC News Brasil mostrou que as 74 pessoas que morreram no Brasil devido a enchentes e deslizamentos, entre dezembro e janeiro, além de centenas de desabrigados, foram vítimas de fenômenos que tendem a aumentar em frequência e intensidade. O mesmo vale para quem sofreu com as temperaturas recordes registradas durante as ondas de calor que atingiram o sul do país.
José Marengo, diretor do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), disse à BBC que os verões estão ficando mais “irregulares e extremos”, com picos de calor, chuvas fortes e estiagens prolongadas que se repetiram em 2005, 2015 e agora entre o final de 2021/início de 2022.
Nas três ocasiões, os extremos decorrem do fenômeno atmosférico La Niña, caracterizado pelos impactos globais do resfriamento das águas na superfície do Oceano Pacífico. No Brasil, o impacto é nos “rios voadores” da Amazônia, que geralmente distribuem a umidade por todo o país, mas, sob o efeito do La Niña, acaba chegando antes nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, não alcançando o Sul. O fenômeno ocorreu duas vezes desde 2020.
O Poder 360 destacou a importância da inclusão do clima no orçamento e denunciou o despreparo do país na agenda climática e diante do “novo normal” do clima.
Em coluna assinada na Folha, o urbanista Nabil Bonduki corrobora a importância de medidas estruturais a serem implementadas para enfrentar as causas que geram a ocupação em áreas de risco, ao invés de, como propôs a prefeitura de São Paulo, pagar para o morador deixar o barraco onde vive, “erguido em local impróprio para o assentamento humano”.
Carol Nogueira, no episódio “E Tem Mais”, na CNN Brasil, também cobrou providências. O Estadão repercutiu o assunto. E o geógrafo Aldo Paviani, da UnB, escreveu no Correio Braziliense sobre a importância da preservação ambiental para evitar desequilíbrios.



A estratégia "kamikaze" do governo Bolsonaro na PEC dos Combustíveis
A perda de receita da chamada “PEC Kamikaze”, também apelidada de “PEC da Irresponsabilidade Fiscal”, poderá gerar um rombo de R$ 100 bilhões aos cofres públicos, segundo fontes da área econômica ouvidas pelo Valor. A proposta de emenda constitucional foi protocolada pelo senador Carlos Fávaro (PSD), na semana passada (4/2), compondo o pacote de “benevolências” classificado de evidente apelo eleitoral”. O texto autoriza a União a repassar até R$ 5 bilhões a estados e municípios, para projetos de mobilidade urbana que beneficiem idosos. Também cria um auxílio diesel de R$ 1,2 mil para caminhoneiros e eleva de 50% para 100% o subsídio ao gás de cozinha para famílias de baixa renda. As medidas poderiam até ser até aplaudidas, se o Senado pudesse explicar de onde sairão os recursos para compensar os valores gastos. Da maneira como está, se encaixa no formato de cortesia com chapéu dos outros – no caso, das contas públicas nos próximos anos.
Enquanto isso, o ministro da economia, Paulo Guedes, ainda não desistiu de tentar demover o presidente Bolsonaro de apoiar o prosseguimento de outra PEC, a da desoneração dos combustíveis. Ainda segundo o Valor, a proposta de emenda constitucional, se aprovada, autoriza a isenção de impostos federais e estaduais de todos os combustíveis, o que poderá acarretar um impacto fiscal que poderá variar de R$ 54 a R$ 75 bilhões, de acordo com a equipe econômica. Guedes defende que a desoneração ocorra só para o diesel. Bolsonaro, no entanto, está decidido a abraçar o projeto do centrão, alegando que precisa “pensar no povo, não no Estado”. A PEC depende da assinatura de 171 deputados para começar a tramitar na Câmara dos Deputados. A articulação deverá ocorrer nesta semana. O projeto foi elaborado pela Casa Civil, chefiada pelo centrista Ciro Nogueira,e foi protocolado pelo deputado Christino Áureo (PP-RJ).
O editorial d´O Globo classificou as PECs de “anomalias” que devem ser “enterradas” no Congresso Nacional. O Valor também apontou para o risco da banalização das PECs no Congresso, que, além de piorar a situação fiscal, também amplia a insegurança jurídica. A Folhaapontou como a atual política de preços da Petrobras está dividindo opiniões entre os pré-candidatos ao governo federal.CNN Brasil,EPBR,O Antagonista,Estadão eJota também repercutiram as duas propostas de emenda constitucional.

Em tempo: A reportagem “As Cicatrizes da Fome”, assinada por Juliana Contaifer, no Metrópoles, revela uma triste realidade decorrente do empobrecimento do país nos últimos anos. O texto mostra o aumento do número de acidentes domésticos envolvendo álcool de cozinha, que tem sido usado como substituto do gás de cozinha pela parcela da população que não tem recursos para comprar botijão de gás, e traz o depoimento de vítimas desse tipo de acidente doloroso.


PL do mercado de carbono pronto para ser votado
O projeto de lei que regulamenta um futuro mercado de carbono no país está pronto para ser votado, nas palavras do deputado Marcelo Ramos (PL-AM), colhidas pelo Canal Rural.
A proposta inicial do deputado foi alterada no final do ano passado pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP). O substitutivo da deputada guardou os principais eixos originais: dividir parte dos compromissos climáticos do país com os setores mais emissores da economia.
Cada planta receberá uma quantidade de permissões de emissão. A soma dessas permissões refletem a meta nacional. Uma empresa que emitir mais do que o permitido pode comprar permissões de outra ou se ver frente a uma multa salgada. Uma empresa que emitir menos do que as permissões que possui, pode vender o excedente ou guardar para um futuro menos tranquilo. O funcionamento será parecido com o mercado europeu. Se aprovado, haverá um período de 2 anos de adesões voluntárias, seguido de um período de teste para os agentes aprenderem a navegar no novo mercado. Cinco anos depois de aprovado o PL, o mercado começará a funcionar de verdade.
Além das permissões, também serão comercializados créditos de carbono de projetos de setores não regulados, chamados de RVEs (Redução Verificada de Emissões). Zambelli fez um agrado ao pessoal que quer receber para conservar florestas ao garantir que as empresas possam compensar pelo menos 25% das suas emissões com RVEs.
Um grupo de empresas privadas e organizações da sociedade civil ligadas ao carbono de proteção florestal formou a Aliança Brasil NBS (sigla em inglês das soluções baseadas na natureza) e lançou o “Guia para a Compra Responsável de créditos de REDD+ no Brasil”, uma resposta às críticas de que esse tipo de projeto gera créditos de baixa qualidade.
Esta preocupação é o centro de uma matéria do Financial Times que fala do ICVCM (sigla em inglês do conselho de integridade do mercado de carbono voluntário) lançado em setembro passado. Eles devem publicar seus princípios centrais e, segundo a matéria, talvez sem a parte de “emissões evitadas” exatamente por conta da questão espinhosa de que evitar desmatamento possa receber créditos de carbono.

Em tempo: As permissões de emissão do mercado europeu ultrapassaram o valor de €90 por tonelada. O recorde foi informado pela Bloomberg.


Os furos nos compromissos net-zero das grandes corporações
Um exame dos compromissos de neutralidade climática (net-zero) de 25 das maiores corporações globais mostrou que, no agregado, elas declararam metas de redução de 40% de suas emissões, bem longe do que o net-zero sugere. Cinco delas prometem reduzir apenas 15% das suas emissões e a neutralidade é atingida simplesmente não contabilizando as emissões de toda sua cadeia de valor, o chamado Escopo 3, o que não é sério. Apenas Maersk, Vodafone e Deutsche Telekom foram consideradas sérias.
As reduções associadas a um verdadeiro net-zero somam 2,7 GtCO2e (bilhões de toneladas de CO2 equivalente). Dessas, apenas 0,5 GtCO2e constam das metas reais das 25. Ao não incluir as emissões de Escopo 3, as empresas deixam de agir sobre 1,3 GtCO2e. O trabalho considera que 0,7 GtCO2e aparecem em metas confusas e sem prazo. Finalmente, 0,1 GtCO2e seriam compensadas por créditos de carbono.
Entre as corporações em falta, a Climate Change News coloca a Nestlé, Unilever e Ikea no subtítulo da sua matéria. A BBC inclui a Amazon e a Apple na lista.
Por aqui, Sérgio Teixeira destaca na Reset a presença da JBS e da Vale na lista das pegas com muita promessa e pouca intenção de cumprir.
Vale ler as matérias de Guardian, Financial Times, Bloomberg, Washington Post e BBC. A pesquisa foi feita pelNew Climate Institute e pela Carbon Market Watch.
Da lista constam, ainda, Enel, Google, Hitachi, Volks, Walmart, MGW, Carrefour e Novartis.

Em tempo 1: site Emissions Inequality tem dados correlacionando emissões e desigualdade social. Em 2015, os 10% mais ricos do mundo foram responsáveis por quase metade das emissões globais, enquanto a metade mais pobre emitiu apenas 7%. Vale ver os dados por país e distribuição de riqueza. O Guardian deu uma matéria a respeito dizendo que a diferença só aumenta.
Em tempo 2: Quem continua investindo nos combustíveis fósseis? Uma matéria da Bloomberg aponta o dedo para bancos e destaca que Wells Fargo, Citigroup e Morgan Stanley ganharam credenciais de sustentabilidade da MSCI, uma financeira norte-americana que, dentre outras, avalia quem está na frente no mundo ESG.
E a Economist fala do mundo das private equities que, nos últimos 2 anos, compraram mais de US$ 60 bilhões em ativos fósseis, mostrando que há dinheiro de sobra para postergar a transição energética.



A febre dos SUV chega no mercado elétrico; por que isso é ruim?
A preferência dos consumidores por carros grandes é extremamente ruim para o clima e para as cidades, mesmo quando esses veículos são elétricos. O fetiche é particularmente preocupante nos Estados Unidos, onde desde 1990 o peso dos automóveis novos aumentou 25% - na Europa e no Reino Unido o aumento foi de 15% desde 2001.
Mais peso significa uso mais intensivo de matérias-primas. E no caso dos elétricos, também significa que o grid de energia elétrica limpa para descarbonizar a economia terá que ser muito maior do que o previsto, indica um novo estudo.
A Bloomberg traz a pauta, destacando críticas à política climática de Biden por ajudar a promover a continuidade dessa preferência por carrões.
Em 2021, os modelos elétricos responderam por 9% do mercado global de carros, segundo relatório da IEA repercutido pelo Estadão, e eles pesam mais. Em 2020, a massa média de novos veículos elétricos vendidos na Europa era cerca de 16% mais pesada do que a média de todos os veículos vendidos, de acordo com o Conselho Internacional sobre Transporte Limpo.
Esse peso é ainda maior no caso dos híbridos plug-in - que têm motores elétricos e a combustão - por estes frequentemente serem SUVs. O DailyMail chama a atenção para as emissões de partículas poluentes por veículos elétricos no uso de freios e pneus devido exatamente à questão do peso.
Novos desenvolvimentos no setor de baterias possivelmente deixarão os carros elétricos mais leves e eficientes, mas uma mudança de mentalidade na indústria automobilística do tipo “menos é mais”, é indispensável.
No Brasil, o assunto engatinha. A CNN destaca que até o começo do segundo semestre de 2022, o país terá 100 mil veículos elétricos rodando.

Em tempo: Um estudo publicado na Lancet dá a dimensão do problema da poluição automotiva. 86% dos habitantes de áreas urbanas da Terra - 2,5 bilhões de pessoas - estão sendo envenenadas cotidianamente pela poluição por material particulado (PM2,5) acima dos níveis de segurança indicados pela OMS. O material tóxico é emitido principalmente por veículos automotores a combustão e agrava ou induz crises respiratórias, cardiovasculares e câncer. Cerca de 1,8 milhões de mortes no mundo apenas no ano de 2019 são atribuíveis a este tipo de poluição. O Washington Post deu destaque.


Estudo sugere que geleiras do mundo contêm menos gelo do que o esperado
As geleiras do mundo contêm significativamente menos gelo do que se pensava anteriormente, conforme mostra estudo publicado na Nature Geoscience e repercutido por veículos como Reuters, Bloomberg e Washington PostA Dartmouth informa que água potável, geração de energia e agricultura estão entre os serviços essenciais que serão impactados por esta descoberta.
A estimativa revisada reduz o aumento global do nível do mar em três polegadas se todas as geleiras derreterem. Em baixas latitudes, segundo as descobertas dos estudos, destacam mudanças notáveis ​​nos recursos de água doce, com 37% mais gelo no Himalaia e 27% menos gelo nos Andes tropicais da América do Sul, o que afeta a disponibilidade de água para as populações locais.
O mapeamento do fluxo e espessura das geleiras redefiniu a compreensão da distribuição global do volume de gelo e tem implicações para a previsão da evolução das geleiras em todo o mundo, uma vez que representações precisas da geometria e dinâmica das geleiras são de primordial importância para a modelagem das geleiras.
Porém, gera preocupação para algumas comunidades que dependem do degelo sazonal das geleiras para alimentar rios e irrigar plantações porque, se as geleiras contiverem menos gelo, a água acabará mais cedo do que o esperado.

Em tempo: A geologia precisa se reinventar enquanto lutamos contra as mudanças climáticas, sobretudo, à medida que se lida com as consequências da inação da Geologia em tantas frentes, da prevenção de pandemias às mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade, publica a News Scientist.


Madagascar, o retrato da injustiça climática
Menos de três semanas depois do Ana, Madagascar foi atingida por um novo ciclone, o Batsirai. Há relatos de que aldeias inteiras foram quase totalmente destruídas. Até o momento foram contabilizados 55 mil desalojados e 20 mortes.
Além das perdas humanas e danos à infraestrutura e às edificações, os ciclones arrasaram as lavouras, o que agravará a escassez e consequente inflação dos alimentos. O Batsirai destruiu plantações de arroz que estavam a cerca de duas semanas da colheita. Culturas de frutas e vegetais também foram destruídas. O PIB per capita em Madagascar é inferior a US$ 500 por ano e um terço da população luta contra a escassez de alimentos.
Entre as culturas que foram danificadas pelos ciclones está a mais importante do país: a baunilha. Madagascar responde por 80% da produção mundial e, com isso, teve alguns anos de crescimento econômico após o aumento do valor da especiaria. Mas como se trata de uma orquídea que leva três anos para crescer, qualquer dano sofrido agora terá efeitos prolongados na economia. Em 2017, quando Madagascar foi atingido por Enawo, um ciclone semelhante em força a Ana e Batsirai, 30% da colheita de baunilha foi afetada.
Além da crise climática, a tragédia em Madagascar também evidencia outra crise: a da desigualdade social, que faz com que os países mais atingidos sejam geralmente os que menos fizeram para causar o aquecimento global. E mostra porque é urgente implementar medidas de justiça climática, pelas quais países com altas emissões teriam que indenizar aqueles que estão arcando com as consequências. Cálculos da OXFAM indicam que os EUA, por exemplo, deveriam pagar US$ 2 trilhões a países que perdem recursos com as mudanças climáticas.
Reuters, BBC, RFi, Mongabay e Quartz trazem o retrato desta tragédia climática e humanitária.

Em tempo: Mais uma vez a Austrália se vê diante de incêndios florestais alarmantes que estão varrendo o oeste da ilha. Autoridades locais reconhecem que o fogo é turbinado pela crise climática. O Guardian e a australiana ABC trazem imagens e depoimentos.


Ansiedade climática: a mudança do clima entra nas salas de psicoterapia
Já publicamos sobre a eco-ansiedade, um conceito introduzido por jovens ativistas e que entrou no dicionário recentemente. O The New York Times publicou matéria sobre a ansiedade climática
. Há uma década, os psicólogos Thomas Doherty e Susan Clayton publicaram um artigo propondo que a mudança climática teria um poderoso impacto psicológico não apenas aqueles que sofrem pelas consequências da emergência do clima, mas também aqueles que as acompanham por meio de notícias e pesquisas.
Não será preciso de uma paciente como foi Anna O. para Freud para este campo se desenvolver, já que está se expandindo rapidamente: a Climate Psychology Alliance fornece um diretório online de terapeutas conscientes do clima: a Good Grief Network (rede de apoio de pares baseada em programas de dependência de 12 etapas) gerou mais de 50 grupos. Além disso, programas de certificação profissional em psicologia climática começaram a aparecer.
Por sua vez, o Dr. Doherty, depois de ser procurado por muita gente com esse problema, construiu uma clínica inteira para o tema e tem 


um podcast sobre o “Climate Change and Happiness”. The conversation também aborda o assunto.
Wired informa que as crianças também sofrem de ansiedade climática e que os adultos podem ajudá-las dando ferramentas para que canalizem seus sentimentos para algo mais construtivo, como agir em suas próprias comunidades.
Estudo publicado no Journal of Climate Change and Health e replicado na CTV News revelou que as condições devastadoras das ondas de calor no noroeste do Pacífico no verão passado aumentaram a ansiedade entre os moradores da Colúmbia Britânica.
The Guardian indica o filme “Princess Mononoke”, do gênio da animação Hayao Miyazaki ao livro The Last Man, da não menos brilhante Mary Shelley, autora do Frankenstein, entre outras dicas de música, games e arte que debatem a questão.

 


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