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ClimaInfo, 21 de fevereiro de 2022.

 

Uma leitura diária dos muitos assuntos relacionados como mudanças climáticas
21 de fevereiro de 2022


 

Em meio a desastres naturais, governos cortam verba para prevenção e monitoramento de risco

A crise climática que turbinou as condições meteorológicas que causaram  precipitações totalmente fora da curva em Petrópolis é causada pela atividade humana. Da mesma forma, a falta de preparo do município também foi causada pelo homem. Neste final de semana, uma série de matérias mostram como a região serrana do Rio de Janeiro não recebeu os investimentos prometidos há 11 anos, quando um temporal deixou um saldo de 918 mortos.

ABBCinformou que o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), teve em 2021 o menor orçamento desde sua criação, em 2011: foram apenas R$ 17,9 milhões em verbas federais. Para comparação, em 2012, foram R$ 90,7 milhões. A falta de verbas explica porque a ETR-Estação Total Robotizada (equipamento capaz de detectar a movimentação de terra e, assim, ajudar a detectar possíveis deslizamentos nos morros) que foi entregue à Petrópolis pelo Cemaden em 2015 não estava no município no começo deste ano. Assim como nos outros oito municípios-piloto que receberam o equipamento, a ETR de Petrópolis precisou ser retirada para manutenção - a qual nunca aconteceu por falta de verbas.

NoEstadão, Roberta Jansen informa que o Ministério do Desenvolvimento Regional empenhou R$ 60,2 milhões para as obras de contenção de encostas, mas apenas R$ 41,4 milhões foram pagos aos municípios. O governo do Rio, por sua vez, admitiu que ainda não havia aplicado um terço da verba (cerca de R$ 500 milhões) prometida. Levantamento feito pelo gabinete do deputado estadual Carlos Minc (PSB) revela que, somados, os recursos destinados à prevenção de desastres naturais que não foram investidos nos últimos dois anos somam quase R$ 400 milhões.

Em entrevista aoJornal da USP no Ar 1ª Edição, o professor Pedro Luiz Côrtes, do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, explicou que a tragédia em Petrópolis foi anunciada: “Em 2017 foi divulgado o plano anual de redução de riscos, onde se apontava que 18% da área do município, cerca de 15 mil casas na região central, estava situada em região de risco. Havia a sugestão para a realização de uma série de obras, como contenção de encostas, desassoreamento de rios, reflorestamento de encostas, remoção das populações em área de risco e absolutamente nada foi feito nos últimos cinco anos”. Para ele, a situação poderia ter sido evitada se as autoridades tivessem utilizado os dados que tinham à disposição. A mesma tese é defendida nesta matéria daAP.

Celso Santos Carvalho, ex-diretor do Ministério das Cidades e membro da coordenação nacional da Rede BrCidades, afina o olhar noLe Monde Diplomatique. Seu texto explica porque não faltam conhecimento, planejamento nem orçamento para tirar as pessoas das áreas de riscos a desastres naturais, mas faltam investimento nas periferias com transparência e participação social.

O Globodesenvolveu um infográfico explicando as causas meteorológicas da tragédia de Petrópolis. Na Jovem Pan, o gerente de Desenvolvimento Urbano do WRI Brasil, Henrique Evers, explicou a relação entre o clima e o aumento dos desastres naturais em diferentes regiões do país.
 

 

Joaquim Leite propõe "atualização urgente" de legislação climática

Pode ter sido um pedido de demissão disfarçado, mas o ministro do meio ambiente Joaquim Leite solicitou em ofício ao presidente Jair Bolsonaro uma atualização urgente das políticas climáticas do país frente ao agravamento da crise do clima. “Em 2021, a crise climática global se acentuou, principalmente com a retomada econômica pós-pandemia de COVID-19", diz o ministro em documento do dia  2 de fevereiro, obtido por Bernardo Caram da Reuters, e repercutido por FolhaeUOLentre outros.

"A Política Nacional sobre Mudança do Clima [PNMC] supramencionada, instituída no final de 2009, apresenta-se obsoleta para os dias presentes e necessita de atualização urgente, em especial para abarcar as novas metas assumidas pelo país recentemente na COP26 e para atender aos anseios de toda a sociedade civil neste tema de crescente importância", afirmou o ministro em outro trecho. O documento diz ainda que a reformulação da legislação promoverá um balanço entre as políticas de mitigação e de adaptação, com mais peso para a área de adaptação.

O pedido diz respeito aos projetos que estão em discussão no Congresso desde novembro para aumento do nível de ambição climática da PNMC em linha com as promessas feitas pelo Brasil na COP26. Segundo a reportagem, a pasta de meio ambiente afirmou que as alterações ainda estão em discussão no ministério.

A cientista política Camila De Mario lembra, na Folha, os retrocessos ambientais e climáticos do governo Bolsonaro e o enorme trabalho que a sociedade brasileira terá pela frente para desfazê-los. ACarta Capital dá detalhes sobre os retrocessos que o governo ainda pretende aplicar em sua agenda “fim do mundo” de projetos prioritários para 2022 na área ambiental.
 

 

Desmatamento na Amazônia depreciou valor de terra e privilegiou poucos produtores rurais

O desmatamento ocorrido na última década reduziu o preço da terra no Brasil, mostra umestudo lançado pelo Instituto Escolhase feito por pesquisadores da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), informa o g1.

Aqueles que compraram novas terras contaram com a ajuda do desmatamento, mesmo que não tenham derrubado uma só árvore. Os produtores com mais dinheiro expandiram os negócios com essas terras que estão disponíveis em preço mais baixo. O estudo da ESALQdemonstra que nas regiões onde ocorreram a expansão da fronteira agropecuária - Amazônia Legal e MATOPIBA (na divisa dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) - a depreciação foi ainda maior.

Também resultado do desmatamento é a perda de até 90% do habitat de animais do Cerrado e da Amazônia, segundo constatou estudo realizado pela consultoria Gondwana e financiado pela União Europeia no âmbito do projeto Eat4Change, informa aBBC. O levantamento cruzou os mapas do desmatamento da Amazônia e do Cerrado até 2019 com os mapas de ocorrência de espécies ameaçadas ou que vivem em áreas restritas para entender como a perda da vegetação nativa afeta essa biodiversidade.

Do total, quase todas (484 de 486) perderam parte de seu habitat.

Em tempo:PCC e Comando Vermelho, facções criminosas que têm como foco o tráfico de drogas, estão agindo na Amazônia nas atividades ilícitas de grilagem, trafíco de madeira e garimpo ilegal, segundo publica Carta Capital. Nós já tínhamos dado estealerta.
 

 

Subsídios, subsídios e mais subsídios

Quase 80% da eletricidade entregue pelos sistemas isolados na Amazônia é gerada pela queima de diesel (61%) e gás fóssil (18%). Estes sistemas abastecem as vilas e comunidades da Amazônia, para onde é caro esticar fios por grandes distâncias para o abastecimento de poucos consumidores.

Estes sistemas isolados fornecem energia para quase 3 milhões de pessoas e, em 2021, tinham uma capacidade instalada de mais de 740 MW e geraram quase 5 TWh. Juntos, estes sistemas emitiram mais de 1,6 milhões de tCO2e. 

Isso significa que a cada MWh gerado emite-se 0,62 tCO2e, enquanto no resto do país, cada MWh emite 0,13 tCO2e, mais de 5 vezes menos.

Renée Pereira, noEstadão, discute a dificuldade em reduzir estas emissões, substituindo o diesel por combinações entre fotovoltaicas com e sem baterias, geradores a biodiesel e térmicas a biomassa. Existem projetos de expansão deste grupo de fontes que hoje responde pelos 20% restantes da energia gerada. Pereira acrescenta que o restante dos consumidores do país pagam parte importante dos fósseis consumidos pelos sistemas isolados. Este ano, a conta deve passar de R$ 10 bilhões.

Vale notar que Boa Vista (RR), com 419 mil habitantes, é a maior cidade e a única capital a não estar conectada ao Sistema Interligado Nacional. O projeto da linha de transmissão está parado esperando a concessionária entrar em acordo com os Waimiri-Atroari.

Subsídios ao carvão: Carlota Aquino e Anton Schwyter do IDEC, lamentam noEstadãoa prorrogação dos subsídios à queima do carvão mineral até 2040, que, hoje, se aproxima de R$ 1 bilhão por ano. Sem isso, o setor já teria falido há tempos. O argumento do lobby carvoeiro aumenta em seu discurso o número de famílias que dependem do carvão. O subsídio atual, dividido pelas 10 mil famílias, daria uma ajuda mensal de R$ 7.500 para cada uma. O setor passou a argumentar que precisa desse tempo para modernizar a queima do carvão e implantar equipamentos de captura e armazenamento de carbono (CCS). O problema do carvão do sul é que ele é muito ruim para gerar calor. E o CCS está muito longe de virar realidade. No fundo, a prorrogação do subsídio só serve para os empresários do carvão e para alimentar o lobby no Congresso e Assembleias.

Subsídios às renováveis: O pessoal doIDECtambém fala do subsídio às renováveis, que, apesar de parecer simpático, aumenta a desigualdade de renda. O pessoal que tem a capacidade de instalar painéis em seus telhados deixa de pagar, em parte, pela  manutenção do sistema todo. Esse custo acaba caindo desproporcionalmente na conta da camada mais pobre.

Bolsonaro quer subsidiar o diesel dos caminhoneiros:Dois artigos falam do esforço de Bolsonaro para reduzir o preço do diesel e ganhar os votos dos caminhoneiros. Roberto Troster, no Valor, mostra que o bolsa-caminhoneiro de R$ 1.200 sairia mais caro do que manter a distribuição gratuita de absorventes íntimos com impacto social bem menor. Reduzir a carga tributária dos combustíveis é um subsídio que aumenta a desigualdade de renda. A camada mais pobre consome muito menos combustível do que os mais ricos, aqueles que serão beneficiados pelo subsídio.

O artigo de Naercio Menezes, do Insper, também no Valor, fala da extrema importância de o Estado investir em educação e formação da metade da geração que está praticamente fora do mercado de trabalho. Ele termina dizendo: “Mas, quanto custaria para transferir renda suficiente para acabar com a pobreza das crianças brasileiras? Cerca de R$ 80 bilhões. O mesmo que vamos gastar para subsidiar combustíveis fósseis, beneficiando as famílias não-pobres e contribuindo para piorar o meio-ambiente. Estas são as nossas prioridades. Que país é este?”.
 

 

Kerry alerta para risco de conflitos geopolíticos travarem cooperação climática global

A Conferência de Segurança de Munique realizada na última sexta (18/2) encomendou uma pesquisa global com 12 mil pessoas em 12 países, entre eles o Brasil. Os resultados indicam que a mudança climática é vista como uma ameaça maior do que a guerra pela maioria das pessoas que vivem em algumas das principais economias do mundo.

Os dados foram apresentados a diplomatas e oficiais militares que participaram do evento. Para os entrevistados, a preocupação com o aquecimento global, a destruição do habitat e o clima extremo são os três principais riscos. Os resultados chamam a atenção porque as pesquisas coincidiram com os primeiros relatos da escalada da tensão entre a Rússia e a Ucrânia. A Bloombergtrouxe os detalhes.

Mas para John Kerry, enviado climático dos EUA, as tensões geopolíticas, incluindo a atual crise entre a Rússia e a Ucrânia, podem prejudicar os esforços internacionais para conter o aquecimento global. Durante a Conferência, Kerry advertiu que o aumento do custo da energia causado pela crise política pode elevar a cautela na tomada das duras e necessárias medidas para se reduzir as emissões de gases estufa.

Também durante o evento, Alemanha e EUA entraram em confronto sobre a energia nuclear. Kerry disse que cortar as emissões rapidamente exigia alguma dependência da energia nuclear. Já Franziska Brantner, secretária de Estado parlamentar no Ministério da Economia e membro do Partido Verde, defendeu o plano da Alemanha de usar o gás como combustível de ponte à medida que elimina a energia nuclear e o carvão.

Segundo a Reuters, o governo de Joe Biden vem pressionando a Alemanha para abandonar o projeto do gasoduto Nord Stream 2, que aumentaria a dependência do país ao gás russo. "O gás pode ser usado como combustível de transição e pode ser mais do que isso a longo prazo, se alguém vier com armazenamento e utilização de captura de carbono. Mas ainda não terminamos essa jornada", disse John Kerry.

Kerry e Brantner também discordaram sobre a energia nuclear poder ou não ser transferida para países mais pobres para ajudá-los a reduzir as emissões de energia do carvão. Kerry disse que há pesquisas promissoras nos EUA que abordam as questões de proliferação, lixo nuclear e segurança ligada a usinas nucleares. Brantner, cujo partido Verde tem suas raízes no movimento antinuclear dos anos 70 e 80, disse que a Alemanha não usaria o dinheiro dos contribuintes para transferir know-how de energia nuclear para países em desenvolvimento devido ao risco de proliferação nuclear.

Para aAP, Kerry disse que os EUA e a União Europeia estão conversando sobre planos para evitar que os produtores domésticos sofram por causa das importações de países sem medidas rigorosas de redução de emissões. “Qualquer país que leva a sério o clima não será passivo em competir com países que não o são”, declarou.
 

 

Ex-funcionária acusa Facebook de enganar investidores sobre combate à desinformação climática

O Facebook pode ter enganado seus investidores sobre ações da empresa quanto ao combate de desinformação a respeito de mudanças climáticas e COVID-19 na plataforma. A denúncia foi publicada peloWashington Poste replicada porO Estado de S.Paulo,Common Dreams,Friends of the EartheCNN.

A ex-funcionária do Facebook Frances Haugen - responsável por revelar os documentos que originaram os Facebook Papers em outubro do ano passado - diz que funcionários utilizavam o fórum interno da companhia para apontar problemas no tratamento de mudanças climáticas e COVID, sem resposta dos gestores. De acordo com o Washington Post, esse seria o motivo para a SEC, órgão dos EUA que tem a competência de regular o mercado de ações no país, investigar o caso.
 

 

Pesquisadores sugerem conexão entre lockdown pandêmico e recorde de chuvas na China

Cientistas indicam que uma rápida queda nas emissões devida à quarentena anti-COVID desempenhou um papel fundamental no recorde de chuvas na China em 2020. Nas últimas quatro décadas, as chuvas de verão na China oriental e central diminuíram significativamente devido ao aumento da quantidade de aerossóis na atmosfera. Essas partículas, muito associadas à queima de carvão, reduzem a ocorrência de tempestades em larga escala e podem levar a menores precipitações.

Embora a cadeia de eventos que conecta as medidas de lockdown às enchentes seja bastante complexa, o estudosugere que a ausência destas partículas e a redução das emissões de gases de efeito estufa em 2020 teriam causado o efeito oposto - um grande aumento das chuvas. Ainda segundo a pesquisa, efeitos de curto e longo prazo nos cortes de emissão de poluentes podem ter efeito contraditórios sobre as chuvas, e seria improvável esperar que a manutenção e aumento dessas reduções gerem eventos semelhantes. A BBCdeu detalhes do estudo.

Enquanto isso, o Reino Unido vive sua segunda mais intensa tempestade em décadas, a Eunice, que deixou ao menos nove mortos. Rajadas de até 170 km/hora foram registradas na Ilha de Wight, com alertas emitidos em várias partes do país, e cidadãos orientados a ficar em casa ou aguardar em abrigos - o que pode ter salvado vidas.

Mais de1,3 milhões de habitantes ficaram sem luz, e os danos aos edifícios e casas podem passar dos300 milhões de libras, segundo empresas de seguro. A tempestade seguiu em direção à Holanda ainda na 6ª feira (18), onde derrubou árvores e barreiras. AP,Reuters,The Guardian,BloombergeBBCdão detalhes.

Em tempo: A temporada de tufões na Costa Oriental da África segue dramática em 2022. Pelo menos 14 pessoas morreram em Madagascar após a passagem da tempestade tropical Dumako, segundo infomações da agência estatal de socorro a desastres. A Ilha se prepara para outra tempestade, prevista para atingir o país na 3ª feira, 22.
 

 

Tecnologias de captura e uso de carbono têm balanço ruim

Pela dificuldade em armazenar o dióxido de carbono capturado, há projetos de captura que se propõe a usar o gás de modo a evitar que este vá para a atmosfera. Um grupo de pesquisadores holandeses analisou o ciclo de vida de 40 destes projetos que consomem energia para converter o CO2 em combustíveis ou o empregam para impulsionar outros processos.

Um destes últimos é a prática comum de bombeamento do gás dentro de poços para extrair mais petróleo. O problema é que quase todo esse petróleo virará mais CO2, o que, para o clima, não faz nenhum sentido.

No final, os pesquisadores viram que 32 deles acabam emitindo mais CO2 do que conseguem remover da atmosfera. A reinjeção em poços fazia parte dos 8 restantes. As propostas de aproveitamento do CO2 na produção de concreto parecem ser as únicas com alguma perspectiva de dar certo.

O trabalho foi publicado na One Earthe comentado naNew Scientiste naCosmos. O site da universidade Radboud, onde trabalha a autora-líder, Kiane de Kleijne, também tem uma página comentando o trabalho.

Rafael Garcia, d’O Globoescreveu sobre a pesquisa e sobre soluções tecnológicas que consigam evitar o final do filme “Não olhem para cima”.
 

 

"Tempestade perfeita": indústria eólica sofre com aumento de custos e problemas de suprimento

Parece até prova de resistência. OFinancial Timespublicou reportagem na última 5ª feira (17/2) mostrando que os grupos eólicos que antes nadavam de braçada frente a um mercado com preços cada vez mais competitivos frente à demanda crescente, passaram por um grande revés em 2021, que ainda traz reflexos em 2022.

A combinação de fatores envolve o aumento dos custos dos materiais, o desabastecimento de matérias-primas e até a redução do volume de ventos, no ano passado. A crise foi classificada como “tempestade perfeita” por Andreas Nauen, presidente-executivo da Siemens Gamesa, em entrevista ao FT, e está sendo considerada a pior em lucratividade dos últimos 15-20 anos. 

Os ventos contrários acarretaram perdas de US$ 58 bilhões (R$ 319 bilhões) no valor de mercado das principais fabricantes de turbinas eólicas do mundo. O prazo de entrega de alguns componentes aumentou de cinco para 50 semanas. Além disso, o aço e o cobre, matérias-primas essenciais para as turbinas eólicas, subiram no mercado internacional 50% e 60%, respectivamente, na comparação com 2020.

Embora o cenário pareça nebuloso no curto prazo, há esperança de que o perrengue seja temporário e que o mercado reaqueça, principalmente porque a energia eólica é central na transição energética para uma sociedade de baixo carbono.

Os fabricantes, no entanto, aprenderam com o tombo e anunciam que vão rever a formulação de contratos para evitar prejuízos futuros. Eles também estão de olho na China, onde, contrariando a tendência global, aconteceu uma queda nos preços das turbinas em 2021. A torcida é para que a guerra de preços não impeça os bons ventos que poderão manter o combustível fóssil embaixo do solo.

Em tempo 1:Aproveitando seus últimos suspiros bilionários, as petroleiras tiraram a carta da sorte e comemoram a bonança econômica com a retomada pós-pandemia e a alta nos preços no mercado global. As sete maiores - incluindo BP, Shell, ExxonMobil e Chevron - devem entregar um volume recorde de dividendos aos acionistas neste ano, por meio de programas de recompra que podem chegar a US$ 38 bilhões (R$ 209 bi).Financial Timese

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