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ClimaInfo, 24 de janeiro de 2022.

 




Uma leitura diária dos muitos assuntos relacionados como mudanças climáticas
24 de janeiro de 2022


Uma reportagem da Bloomberg, apoiada em uma investigação que analisou por meses mais de 1 milhão de transações de compra de gado pela JBS, descobriu que a empresa simplesmente não realiza qualquer ação para garantir que sua carne bovina não tenha origem no desmatamento da Amazônia.
A publicação descreve como as leis brasileiras atuais são insuficientes para impedir a “lavagem” de gado criado em terras desmatadas, e que a prática se tornou comum no país pela dificuldade de caracterizar criminalmente. “A JBS está preocupada com ilegalidade zero e não com desmatamento zero”, a fala é de uma das fontes ouvidas por Jessica Brice para a Bloomberg que resume as denúncias sobre a empresa.
A reportagem foi realizada com apoio do Pulitzer Center's Rainforest Investigations Network e é mais um raio no céu carregado no horizonte da JBS em termos de reputação internacional.
Em dezembro, varejistas europeus anunciaram um boicote às marcas da empresa depois que uma denúncia da Mighty Earth baseada em uma investigação da Repórter Brasil mostrou variados exemplos de conexão da JBS com áreas de desmatamento.
Se a pecuária bovina é a principal indutora do desmatamento crescente na Amazônia, ela é seguida de perto pelo garimpo. A Mongabay publicou dados da nova e catastrófica corrida do ouro na Amazônia, impulsionada pelo aumento da demanda internacional. Em 2021, somente a Suíça importou mais de $1,2 bilhões de dólares em ouro do Brasil - segundo maior mercado de exportação do ouro brasileiro, depois do Canadá. Cerca de um quinto deste ouro vem da Amazônia, de acordo com números oficiais, levantado preocupações de que os suíços estejam inserindo o ouro ilegal da Amazônia nas cadeias de fornecimento globais.
Em tempo: A exposição “Amazônia” de Sebastião Salgado chega ao Brasil no dia 14 de fevereiro, no Sesc Pompeia, em São Paulo. Depois a exposição segue para o Rio de Janeiro, onde será inaugurada no dia 19 de julho, no Museu do Amanhã. A exposição foi inaugurada em maio de 2021 na Filarmônica de Paris, passou pelo Museu Nacional das Artes do Século XXI em Roma e pelo Museu de Ciências de Londres, com direito a uma palinha no Brazil Climate Action HUB da COP26, em Glasgow. “O meu desejo, com todo o meu coração, com toda a minha energia, com toda a paixão que possuo, é que daqui a 50 anos este livro não se assemelhe a um registro de um mundo perdido. A Amazônia deve continuar a viver", disse o fotógrafo a Afonso Borges, no Globo.


Chuvas elevam nível de represas, mas situação segue preocupante
As chuvas das últimas semanas elevaram o volume dos reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo, mas a recuperação pode não ser suficiente para garantir o abastecimento nos meses de estiagem. O alerta foi dado pelo professor da USP Pedro Luiz Côrtes ao g1.
A situação mais preocupante é a do Sistema Cantareira, que abastece 6,9 milhões de pessoas. Na 6ª feira (21/1), o Cantareira operava com 30,2% de seu volume. No mesmo dia do ano passado, esse número era 42,1% - 45,2% em 2020.
“Hoje ‘celebramos’ o fato de o Cantareira estar com pouco mais de 30% de seu volume, mas estamos bem abaixo do que seria esperado para esta época do ano. Isso mostra a gravidade da situação hídrica, especialmente diante de um cenário que aponta para um volume de chuvas abaixo da média em todo o verão", disse o Côrtes. A Sabesp negou em nota que haja risco de desabastecimento.
A CNN informou sobre como as últimas chuvas estão enchendo os reservatórios, mas também trouxe o preocupante cálculo da Confederação Nacional dos Municípios sobre os prejuízos com as chuvas extremas recentes: UR$ 55,5 bilhões.
No sábado (22/1), 402 cidades mineiras ainda estavam em situação de emergência, mostrou o UOL. Outro prejuízo das precipitações extremas está na diminuição da segurança das barragens, destaca o Valor.
O agronegócio, setor mais obviamente afetado por quaisquer mudanças em padrões de chuva, está amargando prejuízo pelas chuvas fortes no Sudeste e no Nordeste, e pela seca atípica no Sul do país.
O g1 reporta como esse custo será repassado aos alimentos, turbinando a inflação que já vem alta, pressionada pelo preço da energia.
O ciclo vicioso - de devastação ambiental, que agride o clima e intensifica eventos de tempo extremo, que impactam energia, produção de alimentos e segurança hídrica - tem nos trabalhadores mais pobres suas principais vítimas, como a reportagem da Folha ilustra.

Em tempo: Imagine se uma das formas de mitigar os problemas acima fosse plantar água? Ao Tilt do UOL, Aurélio Araújo explica de maneira didática este conceito fundamental para a segurança hídrica.


As lombadas para a expansão dos carros elétricos no Brasil
Montadoras de todo o mundo anunciaram planos milionários de médio prazo para transformar suas frotas, e governos de alguns países dão descontos e subsídios para a compra de veículos elétricos (EVs, na sigla em inglês). Mas no Brasil esta transformação anda bem devagar.
Com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a Automotive Business informa que foram emplacados 34.990 automóveis e veículos comerciais leves elétricos no país no ano passado, um recorde. Isso é 77% a mais do que em 2020. A frota de eletrificados no país já é de 77 mil veículos. No entanto, as vendas de 2021 representam apenas 1,77% do total de emplacamentos do segmento no ano, de acordo com a FENABRAVE (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
A maioria dos eletrificados é híbrida, sendo apenas 8% puramente elétricos. Enfim, o Brasil corre o sério risco de ficar de fora da corrida por estes investimentos, dada a falta de uma estratégia nacional sobre qual modelo de descarbonização/eletrificação quer adotar no setor da mobilidade.
Enquanto isso, os vizinhos Bolívia, Argentina e Chile estão aproveitando o boom dos veículos elétricos para investir na mineração de lítio, um recurso não renovável e essencial para essa indústria. O entretanto é que o processamento do minério demanda um elevado volume de água, recurso cada vez mais escasso.
Segundo a InsideEVs, a China anunciou a intensificação do apoio a países emergentes no desenvolvimento de energia limpa, o que afetou diretamente o cenário de extração de lítio nesses países, também conhecidos por triângulo do lítio.
Já a Quartz Africa informa que os veículos de duas e três rodas são uma grande oportunidade para o setor de EVs naquele continente, mesmo que essa revolução somente esteja começando por lá. Vários governos têm grandes planos de expansão - como meio de criação de empregos, ajuda na despoluição do ar dos centros urbanos e para facilitar a reversão dos custosos subsídios aos combustíveis.
O Quênia quer que 5% das importações de carros sejam de veículos elétricos até 2025, e está cortando as tarifas de importação dos EVs pela metade. Gana, Ruanda, Seychelles e Maurício também reduziram as taxas de importação. O Egito planeja fabricar 20 mil EVs no mercado interno por ano a partir de 2023. A Namíbia quer 10 mil EVs nas estradas até 2030. A África do Sul tem como meta ter 2,9 milhões de EVs rodando até 2050.
Também de olho neste mercado, a Sony adicionará novos parceiros tecnológicos ao seu projeto de veículos elétricos para transformar os EVs em espaços de entretenimento, informa a CNN. A próxima transformação dos carros é, de certa forma, semelhante à da tecnologia da informação, a qual transformou os telefones em smartphones.
Um artigo da Bloomberg questiona até quanto os consumidores estão dispostos a pagar por inovações. De acordo com um estudo da J.D. Power publicado em outubro passado, a maioria dos motoristas não se preocupa em explorar novas tecnologias em seus carros.
Quando se trata da conexão de aplicativos com os veículos, 66% dos compradores de carros disseram que não estão dispostos a pagar nada pelos recursos do aplicativo.
O Financial Times vai na mesma direção, apontando a falta de infraestrutura para carregar o carro fora de casa como um dos problemas ainda a serem resolvidos para que consumidores possam aderir aos EVs.



Congresso dos EUA fecha cerco contra desinformação climática das petroleiras
Nos Estados Unidos, um comitê do Congresso convidou membros dos conselhos das Exxon, Shell, Chevron e BP para testemunhar no próximo dia 8 de fevereiro sobre o papel desta indústria na crise climática e na disseminação de “desinformação”. O painel se concentrará nos planos net zero destas empresas estarem focados principalmente em suas operações internas, não nas emissões liberadas quando os consumidores queimam os combustíveis fósseis que estas produzem.
Trata-se de um avanço nas hierarquias corporativas, já que os CEOs dessas empresas já haviam sido ouvidos em outubro do ano passado.
Entre os convocados estão Alexander Karsner, estrategista da Alphabet Inc., dona do Google, e Susan Avery, cientista atmosférica e ex-presidente da Woods Hole Oceanographic Institution. Ambos atuam no conselho da Exxon. “São membros do conselho que concorreram para mudar essas instituições por dentro”, disse à Reuters o presidente do subcomitê de meio ambiente do painel de supervisão, Ro Khanna. “Eles terão que escolher entre suas convicções de vida ou fidelidade a seus CEOs.” Guardian, The Hill e Washington Post também repercutiram a informação.

Em tempo: Do outro lado do Atlântico Norte, a Alemanha apresentou na última 6ª feira (21/1) seu programa para a presidência do G7, que neste ano se reunirá entre os dias 26 e 28 de junho na Baviera. O chanceler alemão Olaf Scholz disse que seu país quer transformar o G7 em um "clube climático" que chegue a acordos sobre padrões uniformes de emissões e preços de CO2 para acelerar a implementação do Acordo de Paris. O ministro alemão da Economia, Robert Habeck, acrescentou que a intenção é garantir que as novas regulamentações verdes não levem a uma guerra comercial entre os países. Reuters e Euractiv trazem mais detalhes sobre o programa proposto, o qual pode ser conferido na íntegra aqui.


Peru soma prejuízos por derramamento de óleo causado por tsunâmi
O vazamento de seis mil barris de petróleo ocorrido na refinaria La Pampilla no sábado (15/1) percorreu mais de 40 quilômetros e atingiu 21 praias do litoral peruano, trazendo graves impactos à vida marinha e à economia local de pesca, ao comércio e ao turismo, informa a Reuters.
Mais de 1,5 mil pescadores artesanais e pessoas que atuam em atividades recreativas e de turismo estão impedidos de trabalhar, informa o Infobae. O presidente peruano Pedro Castillo decretou emergência ambiental na última 5ª feira (20/1). O acesso às praias está restrito devido ao risco à saúde humana, revelou o New York Times.
De acordo com a Associated Press, o vazamento ocorreu quando um navio de bandeira italiana descarregava na refinaria e foi atingido por ondas anormais decorrentes da tsunâmi provocada pela erupção de um vulcão submarino perto de Tonga, a 10 mil quilômetros dali. Autoridades dizem que o óleo atingiu e contaminou 1,7 milhão de m² de solo e 1,2 milhão de m² do oceano.
Pássaros, focas e peixes mortos, cobertos de petróleo, agora fazem parte da paisagem local. De acordo com a ONG Oceana, ouvida pelo El Confidencial, entre as espécies mais afetadas estão a lontra marinha e o pinguim Humboldt, ambas protegidas internacionalmente. O pinguim de Humboldt só é encontrado na costa do Peru e do Chile, e já está na lista de animais ameaçados de extinção da IUCN.
Fontes da Oceana denunciaram a demora de quatro dias para o início das operações de contenção do vazamento. Segundo O Globo, 2,5 km de barreiras de contenção foram instaladas para conter o vazamento.
O jogo de empurra em torno das responsabilidades continua. O governo do Peru instalou um comitê de crise. Autoridades querem cobrar da espanhola Repsol, responsável pela refinaria, as responsabilidades pela “catástrofe” ambiental, diz O Globo. A multa poderá chegar a US$ 34,5 milhões (RS 187 milhões).
A Pampilla é a maior refinaria do Peru, e abastece 54% do mercado local de combustíveis. Uma porta-voz da empresa diz que a Repsol não foi alertada, pela Marinha peruana, do risco de tsunâmi. “Não podemos dizer quem é o responsável”, disse à Reuters. Segundo a empresa, a limpeza deve ir até o final de fevereiro. A Repsol se comprometeu a envolver os pescadores na limpeza das praias e entregar cestas básicas às famílias afetadas, segundo a AP. Ao todo, 840 pessoas estariam envolvidas nas brigadas de limpeza. Especialistas em vazamento de petróleo convocados pela ONU deverão apoiar a operação de limpeza no mar nos próximos dias. As notícias foram repercutidas também por Folha, Bloomberg e CNN Brasil.



As expectativas com os créditos de carbono são reais?
O mercado voluntário de carbono viu seus preços crescerem no ano passado, elevando a expectativa de empresas e outras organizações de captar recursos em projetos que reduzam ou evitam emissões, ou ainda que removam CO2 da atmosfera.
A percepção de que a COP26 destravou os mecanismos previstos no Acordo de Paris e os muitos anúncios de pactos e acordos para enfrentar a mudança climática ajudaram a elevar ainda mais as expectativas.
Por aqui, muito se fala que os créditos de carbono ajudarão a proteger nossas florestas. A Folha traz uma matéria sobre proteção e recuperação da Mata Atlântica. Clóvis Borges, da SPVS, fala que está sendo procurado por empresas que querem compensar suas emissões ajudando a organização a cuidar de reservas florestais.
Luís Fernando Guedes Pinto, da SOS Mata Atlântica, diz que é natural as empresas quererem neutralizar suas emissões na proximidade dos seus negócios, dos seus clientes. Isso realmente está acontecendo em uma velocidade maior”.
Os projetos de carbono envolvendo a proteção de florestas são a grande vitrine de empresas que prestam serviços de carbono. Um artigo na Carta Capital cita o diretor da Ecosystem Marketplace, que acompanha a evolução do mercado de carbono florestal, dizendo que a tendência é de um aumento significativo da demanda e, portanto, do preço. Os números para o Brasil sugerem que o país poderia captar quase US$ 100 bilhões em 2030, podendo representar quase 40% do mercado.
Existem dois problemas com esses números e expectativas. Em relação à demanda, parte importante desta viria das petroleiras que, para prolongar seus produtos fósseis, passariam a compensar as emissões vindas da sua queima por meio da compra de créditos de carbono. O problema é que precisamos reduzir drasticamente as emissões, e não há lugar para combustíveis fósseis nesse cenário.
O segundo diz respeito às florestas. Aquilo que é obrigatório por lei não tem direito a créditos de carbono, e o Código Florestal é bem claro quanto à área a ser preservada ou recuperada. As áreas protegidas por lei, também não poderiam gerar créditos de carbono. Há sempre quem tenha interesse em “esquecer” dessa restrição para ganhar mais algum.

Em tempo 1: A navegação internacional também é vista como um potencial comprador de créditos, posto que os combustíveis alternativos aos pesados óleos queimados atualmente em navios ainda são muito caros. Enquanto os créditos de carbono estiverem baratos, a transição não ocorrerá. Um artigo na Quartz, estima que o preço do crédito precisaria passar de US$ 200 para navios mudarem de combustível.
Em tempo 2Os mercados regulados de carbono, como o europeu e, mais recentemente o chinês, transacionam permissões de emissão. Isso funciona bem com os setores de energia e da indústria. Incluir a criação de gado e outros ruminantes em um mercado regulado nunca deu muito certo. Há quem entenda que seria mais eficiente aplicar um imposto sobre as suas emissões. O INET, um think-tank econômico associado à Universidade de Oxford, produziu um estudo sobre o custo social da carne e sobre como a taxação poderia dar o sinal preço necessário para reduzir seu consumo.



Dúvidas sobre a sustentabilidade dos jogos de inverno na China
Na China, os Jogos Olímpicos de Inverno correm o risco de dar continuidade a uma triste tradição: a de não cumprir promessas de sustentabilidade. Sochi, em 2014, resultou em graves danos a um grande riacho e despejo ilegal de resíduos de construção. Quatro anos mais tarde, em PyeongChang, na Coreia do Sul, uma floresta de árvores raras foi derrubada. Na China, a situação não é diferente.
Nem a promessa de compra de eletricidade puramente renovável para os locais dos Jogos - a capital, Pequim, e a província vizinha de Hebei, onde a coanfitriã Zhangjiakou está localizada - evitou o uso de combustíveis fósseis para gerar a maior parte da eletricidade.
Também não está claro como Pequim conseguiu garantir que grandes quantidades de neve artificial estejam disponíveis sem esgotar o suprimento de água, já que a escassez de água em Pequim preocupa ambientalistas.
Há estimativas sugerindo que pode levar 200 anos para que a água encanada na cidade retorne os recursos hídricos aos níveis de 1998. Zhangjiakou, por sua vez, fica a menos de 150 milhas do deserto de Gobi, famoso por invernos frios e secos.
O governo chinês informou que a demanda de água durante os Jogos representará 1,6 % do “consumo total atual de água” no distrito de Yanqing, em Pequim, e 9,8% em Chongli, distrito de Zhangjiakou, sem especificar detalhes. Os dados finais devem ser divulgados apenas após as Cerimônias de Encerramento.
As dúvidas sobre a sustentabilidade dos Jogos da China - e sobre como o Comitê Olímpico Internacional lida com o tema - estão em matérias do Washington Post e Bloomberg.

Em tempo: O South China Morning Post informa que o chefe do Partido Comunista da cidade de Zhengzhou, no centro da China, foi rebaixado pela má gestão das enchentes de julho passado. Ele e o prefeito da cidade receberam advertência disciplinar sobre sua “responsabilidade pelo desastre”. A investigação sobre o desastre concluiu que 398 pessoas morreram ou ainda estão desaparecidas em decorrência das inundações.


Bananeira-da-Abissínia é nutritiva e resiliente à mudança climática
A Ensete (Bananeira-da-Abissínia) é resistente à seca, tolerante a doenças e facilmente armazenável, porque cresce o ano todo. A planta, conhecida como “árvore contra a fome”, pode ser um alimento importante em tempos de crise climática.
De tempos em tempos, a Ensete volta à mídia. Desta vez, por conta de um artigo publicado na Environmental Research Letters com os resultados de uma modelagem de sua expansão para o Sul e o Leste da África.
Os pesquisadores estimam que ela poderia se expandir para mais de 20% da área da região estudada e servir de base alimentar para até 100 milhões de pessoas. Hoje, seu cultivo se dá apenas no Sudoeste da Etiópia, onde faz parte da base alimentar de 20 milhões de pessoas.
Uma matéria no Independent informa que a mudança climática reduzirá a produção de grãos fundamentais como trigo e milho. Por ser mais resiliente, a Ensete pode ajudar muito a mitigar a insegurança alimentar decorrente da crise climática. A BBC acrescenta que a planta em si, não é comestível, mas seus caules e raízes ricas em amidos, podem ser fermentados e utilizados para fazer pão e mingau.
Giselle Paulino e Haroldo Castro escreveram uma matéria na Época, em 2016, sobre a Bananeira-da-Abissínia, contando um pouco da história e falando dos outros usos da planta na Etiópia.
Há também um artigo do centro botânico inglês de Kew com mais informações sobre a planta e seus usos.

 


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