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ITAÚ CULTURAL - HOMENS DA MÚSICA - TEXTO:PATRÍCIA COLOMBO

TEXTO Patrícia Colombo   FOTOS André Seiti

André AbujamraO clima era de festa nos bastidores da apresenta-ção de André Abujamra no Auditório Ibirapuera, em 18 de maio. Não só o músico completava 47 anos de vida, como celebrava os dois outonos do álbum Mafaro, show filme cujas imagens em telões estão sincronizadas com as canções. O trabalho traz influências de alguns locais do mundo visitados pelo artista multitarefa [que, além das atuações no cinema, vai musicalmente dos discos às trilhas sonoras] unidas em um casamento feliz e sem preconceito com relação às diferenças.

Mafaro nasceu em 2010. Como foi a elaboração desse trabalho?
Fui ao Zimbábue e conheci a cultura local. “Mafaro” quer dizer “alegria”, em xona, a língua deles. Um ano antes, eu tinha ido para Praga e, logo depois do Zimbábue, fui para o Maranhão. E o Mafaro é bem essa mistura. Aí, resolvi fazer um show-filme. Essa junção foi natural, porque sou músico erudito. Tenho vergonha de mulher, tenho vergonha da vida, mas da música não. Para mim, é supernatural misturar. Acho válido para escutar coisas legais vindas do que você aparentemente não gosta. Inventei um verbo [risos]: “distribificar”, que é sair das tribos, abrir a cabeça. Vá ouvir Sepultura, depois Sandy & Junior e depois os dois ao mesmo tempo[risos]. 

Ausência total de preconceito musical [risos].O preconceito é uma coisa que o ser humano tem mesmo. Tem contra anão, contra puta, contra gordo. É um exercício que eu faço, de tentar mudar um pouco a cabeça das pessoas. Não faço música só para alegrar. Quero que alegre, mas quero ajudar a mudar a visão. Não existe nada em música de que eu não goste, nem das coisas ruins. Até a partir delas consigo fazer música e acabo encontrando coisas maravilhosas.

Você já trabalhou em mais de 40 trilhas sonoras para o cinema. Como é esse ofício?
Fazendo trilhas, eu aprendi a ser dirigido. Sempre fui muito cacique e um trabalho no qual você não é o chefe é muito complicado para quem é metido como eu [risos]. É um processo de você entender o que o cara quer. E, apesar de ser feito para muita gente, é um trabalho bastante solitário. 


Cauby Peixoto
A maior parte dos leitores da CONTINUUM nem era nascida quando Cauby Peixoto surgiu no cenário musical brasileiro, arrancando suspiros de muitas menininhas na década de 1950, que grudavam os ouvidos no rádio para acompanhar a bela voz do intérprete romântico. Somando 60 anos de carreira, Cauby continua sendo um dos maiores artistas nacionais. Recebeu recentemente [com a amiga de longa data Ângela Maria] a Medalha do Mérito Legislativo da Câmara dos Deputados e segue sua duradoura união com a música ostentando canto conservadíssimo – e quem esteve presente no Auditório Ibirapuera no início de junho, na descontraída apresentação de voz e violão do cantor, viu e ouviu bem.

Está feliz com a homenagem da Câmara dos Deputados?
Isso é um reconhecimento. Nunca imaginei que completaria seis décadas de carreira. É uma coisa muito impressionante. Quando comecei, estava deslumbrado [risos]. Só queria ficar junto às fãs, cantar, receber aquele carinho. Era muito bom, sempre uma surpresa, uma notícia engraçada que saía na mídia. Eu não chegava a sonhar, os sonhos estavam ali. O que eu pensava e queria estava acontecendo. Musicalmente, acho que fiz quase tudo. Acredito que não há mais nada que eu gostaria de fazer. Só queria mais uma música nova do Chico Buarque. Ele é maravilhoso.

O senhor acompanhou as transformações na indústria da música. Sente falta de algo hoje?
Eu sinto falta da música brasileira. A música nova está poluindo um pouco as antigas. Falta música boa hoje em dia. Do que está na moda não gosto de quase nada. Gosto do Luan Santana. Ele parece muito comigo na época em que comecei a cantar. As meninas gritando, o tipo físico. Gosto dele. Eu gravaria com ele. Se você o encontrar, mande um abraço meu. 

Acha que cantar sobre o amor facilita uma identificação com o público, por ser um tema comum na vida de todos? 
Torna mais fácil. E sempre tive vontade de cantar canções assim. É a minha maneira de ser; gosto muito de amar, de viver através do amor. Todas as canções que gravei gravei porque gostei e quis...

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