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MASP - CAMILE E RODIN Vivo EnCena


Camille e Rodin - Divulgação
Horário:21h
Camille e Rodin
Vivo EnCena no MASP 

De: Franz Keppler
Direção:Elias Andreato
Com: Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore
Local: Grande Auditório do MASP
Ingressos:R$ 30,00 e R$ 15,00 (estudantes)
Vivo EnCena No MASP apresenta Camille e Rodin, estrelado por Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore
O espetáculo conta a linda e trágica história de amor vivida pelos escultores franceses Camille Claudel e Auguste Rodin, e reflete sobre os caminhos da arte, do amor, e da loucura  através de dois grandes gênios criativos, ávidos por compreensão e liberdade.
No dia 22 de junho estreia em São Paulo a peça Camille e Rodin, a qual conta a história de dois grandes escultores franceses que se imortalizaram na história da arte contemporânea.
O espetáculo, apresentado pelo Vivo EnCena - programa de cultura da Vivo para as artes cênicas -, marca a abertura de mais um espaço para o teatro na cidade de São Paulo: O Grande Auditório do MASP, que terá sua programação teatral sob curadoria do Vivo EnCena. “São Paulo ganha um espaço que trará para a cidade uma programação de espetáculos de grande representatividade que, ainda, dialoguem com o ambiente do Museu e sua missão”, afirma Expedito Araujo, curador do programa cultural. “O espetáculo que marca o lançamento desse importante espaço cultural paulistano reúne em sua dramaturgia a relação de dois grandes mestres das artes reconhecidos mundialmente”, conclui Araujo ao ressaltar que a iniciativa é uma realização da empresa Telefônica| Vivo em parceria com o MASP.
Com direção de Elias Andreato e produção de Ed Júlio, o espetáculo será estrelado por Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore.  A temporada será realizada no Grande Auditório do MASP, às sextas, sábados e domingos. 
No universo da Arte, Camille e Rodin entram em cena, criando no palco uma história de paixão e tragédia, a partir do texto de Franz Keppler, construído especialmente para essa montagem. Trata-se de um texto pulsante, que constrói a vida amorosa desses dois personagens caminhando paralelamente ao embate sobre Arte e a agitação cultural do século XIX e XX, levando o espectador a uma impactante reflexão e viagem no tempo.
De um lado, Camille Claudel, uma jovem intuitiva, dona de uma imaginação excepcional, uma mulher determinada que quebrou laços com sua classe social e a moral vigente, entrando em conflito com sua família e com as normas de conduta bem aceitas em sua época para se tornar uma artista grandiosa. De outro, Auguste Rodin, um gênio já maduro que com seu trabalho e talento, se transformou no maior escultor de todos os tempos, representando através de sua arte, as paixões humanas.
Ao chegar à cidade de Paris, aos 19 anos, Camille se torna discípula de Rodin. Posa para ele, fascina-o com sua beleza e personalidade e, mesmo diante de sua extrema exigência, ele a consulta em tudo que faz. Rodin se abre ao lirismo e à sensualidade por meio de sua paixão por Camille, e penetra na sensualidade que nunca mais irá abandonar sua obra. O diálogo amoroso se torna presente nas obras dos dois; trabalham juntos apaixonadamente.
O embate de natureza artística, entre a intuição criativa de Camille e o apuro conquistado em anos de estudo por Rodin, faz com que as obras de um e de outro sejam tão próximas, que não se sabe qual obra do mestre ou da aluna inspirou um ou copiou o outro.
O que resulta, depois de quinze anos de tortuoso relacionamento, num rompimento definitivo que marca a vida e a obra de ambos para sempre. Camille rompe o romance e mergulha no trabalho, em uma produção vertiginosa de sua obra. Debatendo-se em dificuldades, entrega-se `a solidão e `a loucura. Por iniciativa de seu irmão, o escritor Paul Claudel, é internada num manicômio aos 49 anos, onde passará os trinta anos seguintes de sua vida e de onde nunca mais sairá.
O espetáculo reconstrói esse encontro, que se transforma numa paixão arrebatadora e em um impulso artístico para ambos, dois gênios criativos, que passaram suas vidas em busca de amor, compreensão e liberdade. Sem Camille, Rodin possivelmente não teria feito suas obras mais apaixonadas e, sem Rodin, Camille não seria a artista fantástica e nem o mito em que se transformou.
Para esse espetáculo Franz Keppler criou um texto inédito. A pesquisa para a construção desse espetáculo foi feita por ele e Melissa Vettore, baseando-se nos principais biógrafos dos escultores, com destaque para Reine Maire Paris (sobrinha neta de Camille), para a autora Liliana Wahba, e a partir da análise crítica e poética de Paul Claudel (irmão de Camille).
A concepção do espetáculo foge de uma forma teatral tradicional de apresentar biografias de consagrados artistas. O que interessa aqui é o sentimento essencial que os artistas trazem e que renova o olhar atual. E é assim, escapando das formalidades, que nos situamos na Paris de Rimbaud, Verlaine, Debussy, Monet, Victor Hugo.
O espírito curioso de uma jovem talentosa chegando a uma cidade grande, com entusiasmo e paixão pela arte, nos conduz ao encontro com um homem mais velho, com uma alma tão jovem quanto a dela, apaixonado pela beleza e pela criação. Há entre os dois uma busca incessante pelo aperfeiçoamento e pela liberdade, na tentativa de descobrir dentro da pedra o movimento mais sublime. Trazer alguma luz sobre o mistério da individualidade de Camille Claudel e Auguste Rodin nos aproxima das suas mensagens, da beleza e da criação.
Principais obras Citadas:
Camille: Clotho, Idade Madura, A Suplicante, Busto de Rodin, Perseu e Medusa, A Valsa, O Abandono, Niobe Ferida.
Rodin: A Porta do Inferno, O Pensador, O Beijo, Burqueses de Calais, Danaide, Victor Hugo, Balzac, Fugit Amor.

Por Franz Keppler 

Transpor para o palco a história de Camille Claudel e Rodin foi no mínimo fascinante, não só pela linda e trágica história de amor vivida por estes dois escultores franceses, mas por poder, através deles, falar de arte e das angústias do ser artista.
Desde o convite da Melissa Vettore e do Leopoldo Pacheco para escrever esta peça, em fevereiro de 2011, foram 09 meses de pesquisa, o exato tempo de uma gestação, até conseguir definir  como essa história seria contada.
As obras "A Porta do Inferno" e "Clotho" foram decisivas para a definição da estrutura dramatúrgica. A primeira é uma criação que Rodin trabalhou por toda sua vida e que não conseguiu ver acabada. "A Porta.." foi criada a partir de uma encomenda recebida pelo artista pouco tempo antes do primeiro encontro entre ele e Camille.
Um encontro decisivo e transformador para os dois. Um encontro que impulsionaria o trabalho de ambos. Em contraponto, uma porta que, quando aberta por Camille, a levaria ao inferno em que viveu até sua morte trágica num asilo - isolada de tudo e de todos por 30 anos.
A outra obra, esculpida por Camille, traz a imagem de uma velha gótica - a mais jovem das moiras segundo a mitologia - tecendo a vida. "Clotho" me trouxe o foco da narrativa: Camille e Rodin, já velhos, já separados, em tempos e espaços diferentes, tecendo suas histórias através da memória, lembranças que se cruzam de modo não-linear e que revelam gradativamente detalhes de suas vidas, de suas obras, das cartas que trocaram, de seus embates, ambiguidades e angústias, traçando paralelamente, um panorama artístico e social do final do século XIX e início do XX.
E os outros personagens fundamentais no universo de Camille e Rodin?  Eles definitivamente não poderiam ficar de fora dessa história. Mesmo sem estarem em cena, o público poderá sentir a presença da família de Camille, dos críticos, dos marchands e de Rose Beuret, a companheira de Rodin por toda sua vida através de suas vozes que ecoam nos pensamentos dos protagonistas.
Por fim, procurei não tecer nesta peça julgamentos sobre uma época ou sobre os dois artistas. Antes de tudo, quis propor uma reflexão (atemporal) sobre os caminhos nebulosos da arte, do amor, da inadequação e da loucura por meio de dois grandes gênios criativos ávidos por compreensão e liberdade.



Camille e Rodin

Grande Auditório do MASP (374 lugares)Avenida Paulista, 1578
Informações: 3251.5644
Ingresso Rápido: 4003-1212 | www.ingressorapido.com.br
Duração: 75 minutos
Recomendação: 12 anos
Estacionamento: Estapar (Avenida Paulista, 1776) R$ 15,00
Estreia dia 22 de junho de 2012



“A escultura é a necessidade de tocar, antes mesmo de aprender a olhar, a criança já brande suas mãozinhas vivazes.” 
Camille Claudel

Ficha Técnica:
Texto                            
Franz Keppler
Direção                        
Elias Andreato
Elenco                         
Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore
Assistente de direção  
Leandro Goddinho
Desenho de Luz          
Wagner Freire
Cenografia                             
Marco Lima
Trilha sonora               
Jonatan Harold
Figurino                      
Marichilene Artisevskis
Fotografia                             
Alexandre Catan
Projeto                         
Dramática Produções Artísticas
Direção de Produção  
Ed Júlio
Produção Executiva   
Gabriel de Souza
Realização                   
Baobá Produções Artísticas

SOBRE FRANZ KEPPLER  - AUTOR    
Jornalista, roteirista e dramaturgo
Teatro: 2007 – Nunca Ninguém Me Disse Eu Te Amo – indicado ao prêmio APCA de melhor autor. 2008 – Depois de Tudo. 2009 – Frames – indicado ao prêmio APCA de melhor autor. Além de Camille e Rodin, tem outros dois textos com estreia previstas para esse ano: Divórcio e Córtex.
No cinema, seu roteiro de curta metragem, Um Pouco Mais de Tempo foi contemplado no edital de produção da Cultura Inglesa/2012. A primeira exibição ocorre durante o festival em maio/junho deste ano.
Em 2010,  foi um dos vencedores do edital de Telefilmes da TV Cultura, com o roteiro de Frames – adaptação de peça de sua autoria para a TV.

SOBRE ELIAS ANDREATO - DIRETOR

Ator de teatro, cinema e televisão, diretor e muitas vezes roteirista de seus próprios trabalhos. Sua busca é pela humanidade dos personagens que interpreta e seus espetáculos freqüentemente questionam o papel do artista na sociedade e a relação com seu tempo. Construiu uma carreira sólida feita, acima de tudo, pela escolha por personagem/personalidades que pudessem traduzir esse pensamento – Van Gogh, Oscar Wilde, Artaud, são exemplos dessa escolha e resultaram em interpretações marcantes que garantiram a ele um lugar especial no teatro brasileiro.

SOBRE LEOPOLDO PACHECO - ATOR
Premiado Diretor, Ator e Figurinista. Formado pela Escola de Arte Dramática da Usp/São Paulo. Atualmente está no elenco da novela Cheias de Charme, da Rede Globo. Destacou-se em muitos trabalhos na TV:  Novela Escrava Isaura - Tv Record; Minissérie Um Só Coração, Novela Belíssima, Minissérie Amazônia, Novela Beleza Pura, Novela Paraíso, Novela Ti-ti-ti, Minissérie Brado Retumbante, As Brasileiras - Tv Globo; entre outras.
Entre as principais peças que atuou estão: O Mambembe, Dir. Gabriel Villela; Toda Nudez Será Castigada, de Nelson Rodrigues, Dir. Moacir Góes; Pólvora E Poesia, de Alcides Nogueira, Dir. Marcio Aurélio; O Beijo No Asfalto, de Nelson Rodrigues, Dir. Michel Bercovitch; A Javanesa, de Alcides Nogueira, Dir Marcio Aurélio; Amigas Pero No Mucho, de Célia Regina Forte, Dir José Possi Neto; Maria Do Caritó, de Newton Moreno, Dir João Fonseca.
Como Ator no Cinema: Feliz Ano Velho - Dir. Roberto Gervitz; Carandiru - Dir. Hector Babenco.
Alguns dos Importantes Prêmios: Shell Ator “Pólvora E Poesia”, 2002 - Shell Figurino “Gota D’água” em Parceria Com Gabriel Villela e 2003, Shell Figurino - Espetáculo “A Mulher Do Trem” Com Carol Badra.

SOBRE MELISSA VETTORE - ATRIZ
Atriz e jornalista formada pelo Instituto de Artes Cênicas (Coordenação Maucir Campanholi e CPT-Antunes Filho) e pela PUC-SP; completou sua formação em NY e Barcelona.
Estreou na Televisão como uma das protagonistas do seriado Mothern, GNT, finalista do Emmy Internacional (NY, 2007); Programa Retrato Falado com Denise Fraga, a Minissérie Maysa, Dir. de Jayme Monjardim, fez a Novela Viver A Vida de Manoel Carlos e participou da Novela Insensato Coração, de Gilberto Braga, Dir. Dênis Carvalho; Tv Globo.
Trabalhou com importantes diretores no Teatro: E Assim Vai o Mundo, Dir. Myrian Muniz; Meu  Nome É Pablo Neruda, Dir. Gianfrancesco Guarnieri; A Farsa da Esposa Perfeita, Dir. Fernando Peixoto; Sacromaquia, Dir. Maria Thaís; Passatempo (Dança Teatro), Dir. Renata Melo; Tauromaquia, Dir. Maria Thaís; Últimas Noticias De Uma História Só, Dir. Otávio Martins; Confissões das Mulheres de Trinta; Dores De Amores, Dir. Naum Alves De Souza; entre outras.
No Cinema: Entre Vales e Montanhas - Dir. Philipe Barcinski, Dir. De Fotografia Walter Carvalho. Atua ao lado do ator Ângelo Antonio.

CAMILLE CLAUDEL - RESUMO BIOGRÁFICO
Incentivada pelo pai, Camille pôde desenvolver sua vocação artística, dedicando-se aos seus primeiros estudos de escultura. Em 1881 (Camille com 17 anos) a família Claudel mudou-se para Paris, pela sugestão do escultor Boucher a Camille, que reconhecia nela um talento. Em Paris, Boucher que orientava até então Camille Claudel, recomendou-a a Rodin.
Camille se tornou sua aluna, discípula, colaboradora e companheira do escultor, sem nunca ter sido a união oficializada. Um amor ardente que se prolongará por quinze anos, muito embora Rodin nunca abandonará Rose Beuret, com a qual oficializará a união, somente na velhice, vinte dias antes dela morrer.
Muitos fatores foram determinantes para os transtornos que se seguiriam a essa união, incluindo o embate de natureza artística entre a intuição criativa de Camille e o apuro conquistado em anos de estudo pelo escultor oficial do governo francês, Auguste Rodin.
Seu gênio sufocado por dois gigantes, sua vida sufocada por um abandono, suas forças e sua lucidez esgotadas por uma relação umbilical com seu mestre e amante. Ela que sempre lutou para aperfeiçoar-se, sem ter lucidez emocional e repleta de orgulho próprio.
Mas a separação foi essencial do ponto de vista profissional de Camille como artista. Foram anos de produção extenuante, e a realização de obras que comovem por serem tão pessoais, tão biográficas, é Camille dentro de cada uma, ela retrata sua alma, seus sentimentos, e os expõe a nú como somente um verdadeiro Artista tem a coragem de se expor, um mundo de sensibilidade extrema, um retrato comovente da alma feminina.
Após a ruptura, que marcaria profundamente também Rodin e sua obra, e depois de muita luta, e a produção de uma obra excepcional, o sentimento de fracasso afetivo e a solidão encaminharam a frágil estrutura emocional de Camille ao desespero, ao ressentimento de seu antigo companheiro.
Após várias manifestações de uma paranoia persecutória, naufragada na miséria, na solidão e no desespero da falta de reconhecimento, Camille passou a responsabilizar de maneira crescente a Rodin pelos seus insucessos e dificuldades.
Vivendo pobremente, assistiu cerraram-se suas oportunidades como escultora uma vez que lhe faltavam encomendas para obras em espaços públicos, o que ela atribuía a influências nefastas de seu antigo mestre.
Passou a esculpir para logo em seguida, destruir e enterrar seus estudos e maquetes. Dessa maneira, foi internada por sua família num asilo de alienados, aos 49 anos, no ano de 1913, uma semana depois da morte de seu pai, que sempre a protegera e auxiliara.
No hospício a que foi destinada, ficaria reclusa e quase esquecida de seus poucos amigos e familiares, até falecer aos 79 anos. Procedeu-se assim numa espécie de condenação e cumprimento de uma silenciosa pena de prisão perpétua, que durou trinta anos e extinguiu a chama do talento e da vivacidade de uma grande escultora.

AUGUSTE RODIN - RESUMO BIOGRÁFICO
René-François-Auguste Rodin nasceu numa família de poucos meios, estudou desenho e modelado a partir dos 13 anos. Aos 18, após ser reprovado três vezes no exame de admissão à Escola de Belas-Artes, passou a trabalhar confeccionando objetos ornamentais.
De fato, Rodin se tornou um mestre consagrado e gozou de celebridade pública como um artista tão grande, senão maior, quanto qualquer outro do seu tempo. Contudo, mesmo as suas obras foram alvo de recusas e de violentas controvérsias entre os críticos.
Ao ter recusada a primeira obra que enviou ao salão oficial, a justificativa do júri foi que a obra era um esboço, uma coisa inacabada. Rodin afastou-se das exposições e passou a colaborar na decoração de monumentos. Paradoxalmente, toda a criação do escultor se basearia no conceito de "non finito", preferia deixar algo para a imaginação do espectador.
Ainda jovem uniu-se a Rose Beuret, modelo dos primeiros retratos e companheira de toda a vida. Realizou uma viagem à Itália, quando se interessou pela obra de Michelangelo, influência que o libertou do academicismo. A despeito do começo difícil, firmou-se como escultor com a encomenda do governo de ‘As Portas do Inferno’, uma enorme porta de bronze, que trabalhou por longos anos.
Rodin vivia no meio de uma explosão cultural, frequentava seu atelier gente de grande porte e todos os literatos, políticos, artistas na Europa centralizado em Paris; é a época do pintor Cézanne, do filósofo alemão Nietzsche, da música de Debussy (que depois seria namorado de Camille). Entre 1887 a 1890 a fama de Rodin explode, junto à aluna-modelo-escultora-amante Camille Claudel, cuja história de amor é inesquecível, do namoro à loucura da mulher abandonada, destruindo as próprias obras, e internada em manicômio até o falecimento. Uma relação de amor e tragédia, que marcou para sempre suas obras e suas vidas.
Aos problemas amorosos, somaram-se os criados por novas encomendas: um busto de Victor Hugo por mostrar o escritor de peito nu. Já um monumental Balzac de corpo inteiro causou celeuma, por apontar para o ideário da arte moderna.
Rodin exercitava uma transformação de si próprio na escultura, modelando a si mesmo, corpo e espírito, nas obras, onde ‘a beleza está nas entrelinhas de toda a realidade, e se não a percebemos, é por não ter os olhos capazes de maravilhar-se com o encanto do mundo’. Rodin fala com a linguagem do corpo, sua poesia está no espacial, não no verbal, uma arte sensual, visceral, fruto das emoções aceitas e assumidas, refinadas, desenvolvidas, sutilmente sofisticadas. Estes excessos, este desregramento dos sentidos é o êxtase místico presente na obra de Rodin e Camille Claudel.
Em 1908 o escultor se instalou no Hôtel Biron, palacete parisiense do século XVIII, transformado depois de sua morte no Museu Rodin. Admirado pela elite europeia e considerado uma glória da França, Rodin morreu em Meudon em 17 de novembro de 1917.

Sobre o “Programa Cultural Vivo EnCena”

Programa cultural para as artes cênicas, estimula a conexão  de projetos e promove o intercâmbio de pessoas em diferentes estágios de suas carreiras. O teatro é pensado além do espetáculo, sendo estabelecida uma rede de ações de difusão, circulação, mobilização e formação por todo país, compartilhando histórias inspiradoras, conceitos inovadores e ideias transformadoras no âmbito das artes cênicas.
O Vivo EnCena é realizado há dois anos, está presente em 18 estados do país e já patrocinou mais de 50 projetos continuados, além de realizar projetos próprios e a curadoria do Teatro Vivo, na cidade de São Paulo. O programa utiliza o teatro como ferramenta viva de acesso, reflexão, inclusão, autonomia e transformação para trazer resultados positivos sobre a trajetória e sustentabilidade de todos.

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